Escudo de prata, com uma fonte heráldica entre dois ramos de amendoeira de verde, floridos de púrpura, com os pés passados em aspa; campanha diminuta de negro,
lavrada de prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: «ALMENDRA»
Em 1886
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Vila,
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Beira Baixa,
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comarca de Meda,
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quilómetros de Pinhel, 12 a NO de Castelo Rodrigo, 6 a E. do Côa, 345 a E. de Lisboa;
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270 fogos,
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800 almas;
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Orago Nossa Senhora dos Anjos.
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Concelho 620 fogos.
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Situada em um plano, próximo do rio Aguiar.
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Tem uma fortaleza, em ruinas, feita em 1660, da qual eram alcaides-móres os condes de Castello Melhor, que eram
donatários da Vila.
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Seu território é muito fértil.
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Há nesta vila uma fonte chamada Fonte Grande, muito funda e com seu arco, que se diz ser obra dos mouros.
É muito abundante.
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Bispado de Pinhel, distrito administrativo da Guarda.
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A vila não é murada.
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Dentro da fortaleza fica a praça, pelourinho, casa da câmara, cadeia e torre do relógio.
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Há no termo desta villa e a 2 quilômetros de distância, um grande cabeço, chamado do "
Calabre", em que se vê uma grande praça e forte muralha dos romanos; mas dentro está demolida, e hoje se semeia e leva uns 40 alqueires de
semeadura. Diz-se que era aqui a cidade romana Ravena, onde foi martirizado Santo Apolinário. Parece mais que fosse aqui a cidade romana Caliabria (de que Calabre é provavelmente a
transição.) Segundo bons antiquários. Santo Apolinário, foi o último bispo de Caliabria, porém o seu martírio não teve logar aqui, mas sim em Trás-os-Montes, na freguesia de Urrôs.
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Passam no termo desta vila, o Douro, o Côa e a ribeira de Aguiar.
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Almendra é palavra hespanhola e quer dizer Amêndoa.
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É do concelho de Villa Nova de Foz Côa, desde 1855.
in "Portugal Antigo e Moderno", de Pinho Leal