Escudo de negro, pano de muralha solto, de prata, aberto, frestado e lavrado de vermelho; em chefe, leão de ouro, veirado de prata e vermelho; em campanha, lisonja de prata, carregada com de vulto de anta (animal) de negro. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: «CASTELO MELHOR».


Em 1708

  • O Biſpado, & Provedoria de Lamego, meya legoa do rio Douro, q lhe fica ao Norte, & da ribeira de Coa, que lhe fica ao Poente,tem seu sitio a Villa de Castello Melhor, distante huma legoa de Almendra para o Norte, & seis de Pinhel para a mesma parte.
  • He cercada de huma barbacaa com seu Caftello, obra del Rey D. Dinis, que a mandou povoar pelos annos de 1298. Tem 70 visinhos com huma Igreja Parroquial da invocação do S. Salvador,
  • Curado annexo à Igreja de N. Senhora dos Anjos da Villa de Almendra, que apresenta o Reytor della.
  • O seu termo he fertil de pao, vinho, gado, caça, amendoas, & figos , & be provida de peixe dos dous rios.
  • He senhor, & Conde desta Villa Luis de Valconcellos & Sousa

in Corografia Portuguesa


Em 1874

  • Vila,
  • Beira Baixa, 
  • foi até 1855 da comarca da Méda, concelho de Almendra, e desde então é da comarca e concelho de Villa Nova de Foz Côa. 
  • 360 quilómetros a NE. de Lisboa;
  • 150 fogos.
  • Em 1757 apenas tinha 89 fogos.
  • Em 1660 tinha 100 fogos. Ignoro a causa desta flutuação na população. 
  • Orago o Espirito Santo. 
  • Bispado de Lamego,
  • distrito administrativo da Guarda. 
  • Foi antigamente da comarca de Pinhel, de onde dista 24 quilómetros. 
  • É cabeça, do marquesado de seu titulo, que foi condado. (O primeiro conde de Castelo Melhor, foi Rui Mendes de Vasconcelos, feito por Filipe III, em 21 de março de 1611. 
  • Situada em uma baixa e por isso sem vistas para outras partes. 
  • O vigário de Almendra apresentava anualmente o cura, que tinha 100 alqueires de trigo e o pé de altar. 
  • Da Capela de S. Gabriel, na ponta de uma serra desta freguesia, se vêem terras de sete bispados (portugueses e espanhóis) e Ciudad Rodrigo, em Castela. 
  • É terra fértil em cereais, do mais mediania. 
  • Antigamente tinha juiz ordinário, mas a câmara assistia em Almendra.
  • Eram seus donatários os marqueses de Castelo Melhor. 
  • Em um alto, fora da vila, está um Castelo com uma barbacã, feito de pedra miúda e desmantelado. Chama-se Castelo MeIhor, e foi ele que deu o nome a esta pequena vila. 
  • Por o seu termo passa o Douro, e aqui se lhe junta o Côa. 
  • É povoação antiquíssima, mas não pude saber a sua origem.
  • D. Diniz é que lhe mandou fazer o Castelo, em 1298, e povoou a vila. 
  • Esta vila veio para Portugal em dote da rainha Santa Isabel, em 1282. 
  • Tem um foral velho, dado por D. Afonso VIII de Leão (quando a povoação era de Castela) feito nesta mesma vila, onde entâo estava o rei, em fevereiro de 1209. (Maço 5. dos forais antigos, nº 3.). 
  • A 5 quilómetros de distância há vestígios de uma antiquíssima povoação, que uns dizem foi a cidade romana de Ravena, outros, com melhor fundamento, sustentam que era a cidade episcopal lusitana de Caliabria. (Vide Caliabria, Almendra e Urrôs.). 
  • A família dos Vasconcelos, uma das nobilíssimas de Portugal, procede do capitão (celebrado nos Lusíadas) Mem Rodrigues de Vasconcelos, senhor de muitas terras e grande valido de D. Diniz. Descendia de D. Rodrigo Veloso, filho de D. Ramiro III de Leão. As armas dos Vasconcelos, são em campo preto, 3 fachas viradas e  contraviradas ontraveiradas de púrpura e prata, e por timbre, leão preto, fachado das três fachas das armas. In "Portugal Antigo e Moderno", de Pinho Leal

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