DESCRIÇÃO DA FREGUESIA DE MUXAGATA EM 1874
In "Portugal Antigo e Moderno", de Pinho Leal
Vila, Beira-Baixa, comarca e concelho a 3 quilómetros ao S. de Vila Nova de Foz Côa (foi comarca da Pesqueira, concelho de Villa Nova de Foz Côa); 65 quilómetros de Lamego, 355 ao N. de Lisboa; 250 fogos. Em 1757 tinha 236 fogos. Orago Santa Maria Madalena. Bispado de Lamego, districto administrativo da Guarda. A mesa da consciência apresentava o vigário, que tinha 40$000 réis e o pé de altar. Egas Gozendes (ou Gondezendiz) e João Viegas, tinham dado foral a Cernancêlhe, a 26 de outubro da era 1124 (1086 de Jesus Cristo), no reinado de D. Afonso VI, de Leão e Castela (avô de D. Afonso Henriques). (Vide a pag. 250, col. 1ª do 2.° volume.) Este mesmo foral foi dado a Muxagata, por D. Afonso IV, por instrumento feito em Celorico, a 30 de abril de 1357. (28 dias antes da morte do rei!) Está na Gav. 15, maço 23, n.° 9. D. Manuel lhe deu foral novo, em Évora, a 20 de dezembro de 1519, (Livro dos forais novos da Beira, fl. 155, col. 1ª). Esta vila está fundada sobre uma elevação, mas, como está cercada de montes, fica em uma espécie de bacia, regada pelo Côa e pela ribeira do Pisco. É terra fértil, sobretudo em hortaliças, que vende em grande quantidade para Foz Côa. Há aqui muitos olivais, que produzem muito e bom azeite, mas pertencem unicamente a cinco ou seis famílias. Produz muito pão e excelentes frutas, sobretudo pêssegos e melões, tão bons como os famosos do Vale da Villariça. Tem abundância de amêndoa, e produz muito sumagre, que se exporta. O vinho desta terra é de boa qualidade, e produz bastante. É terra sujeita a febres intermitentes, no verão, por causa das águas estagnadas nas hortas. As mulheres desta terra têm fama de formosas e asseadas. Tem o titulo de vila desde o seu foral velho (1357) confirmado no foral novo. Foi cabeça de concelho, com câmara, juiz ordinário e mais oficiais de justiça, e ainda conserva o seu antigo pelourinho, testemunho da sua categoria. No século XIII pertencia esta vila ao concelho de Numão. Em 1238, deu a câmara de Numão, a D. Abril, uma grande herdade, entre Cedavi, Muxagata e Longroiva. Ut faciatis ibi moratam et pousatam—e o fazem seu vizinho—pro adjutorio, et defensione quam vobis facitis, et promittitis facere. Em 1242, lhe fez o mesmo concelho de Numão, doação (ao dito D. Abril) do campo de Touça (ou granja de Touça) o qual, vindo à coroa, o rei D. Dinis o deu ao mosteiro de Tarouca, pela terça parte da vila (hoje cidade) de Aveiro; e que depois andou emprasado (o campo da Touça) por 360 alqueires de trigo, ou 36$000 réis por ele.
POPULAÇÃO DA FREGUESIA DE MUXAGATA
i) Evolução da população da freguesia, de acordo com os censos populacionais realizados entre 1864 e 2011, no que respeita ao número de habitantes ali residentes.
ii) Variação percentual do número de habitantes registada entre censos, no período que vai de 1864 a 2011
iii) Evolução comparada das taxas de crescimento, tomando como base a população em 1900 e em 1960
iv) Número de habitantes apurado por grupos etários nos censos de 2001 e 2011, com indicação da variação percentual verificada durante este período.
v) Índices de dependência de jovens, de idosos e de envelhecimento apurados em 2011
vi) Número de habitantes com níveis de escolaridade concluídos - ensino básico (1º ao 9º ano), ensino secundário (10º ao 12º ano) e ensino superior (bacharelato, licenciatura, doutoramento e mestrado)
vii) Número de analfabetos e taxas de analfabetismo apuradas em 2011, comparadas com a média nacional.
(Analfabeto - Indivíduo com 10 ou mais anos que não sabe ler nem escrever, isto é, incapaz de ler e compreender uma frase escrita ou de escrever uma frase completa.
Taxa de analfabetismo – Percentagem de analfabetos relativamente ao número de habitantes com mais de 10 anos de idade)